22 de set. de 2009

Alívio (3)

Não há como uma visita da A.C.T. a um dono de obra incauto com obras em casa para se ganhar uma prestação de serviço de Coordenação de Segurança. Recolher a documentação, fazer a comunicação prévia de abertura de estaleiro, arranjar um Plano de Segurança e Saúde para deixar o dono da obra tranquilo. Depois pedir a documentação do empreiteiro, seguros, contar os trabalhadores, fichas de aptidão médica, fichas de distribuição de equipamento de protecção individual. Fazer o papel de técnico de segurança e higiene, afinal porque não, o empreiteiro não tem estrutura para contratar um e o que se pretende é salvar a pele do dono da obra, sensibilizar o empreiteiro, incutir as noções básicas de segurança e saúde aos trabalhadores..., isto é, dar uma formação de acolhimento, explicar onde estão os números de telefone de emergência, em resumo fazer o desenvolvimento do plano de segurança e saúde. Há que encarar a rapidez e simplificação do processo com seriedade e credibilidade. O objectivo está cumprido. Depois... bem depois... é esperar que o receio do dono de obra à multa desapareça, fazer a primeira reunião, o primeiro relatório e... a obra continua todos os actores já compreenderam o seu papel, por isso o dono da obra dispensa o coordenador de segurança.
Isto acontece!
O conselho que dou ao coordenador é que envie uma carta à A.C.T. informando que foi dispensado. Transparência total.

2 comentários:

Gaja Ketosseh disse...

Infelizmente é o que acontece no meu caso. Como TSSHST da entidade executante, as informações não passam sequer por mim. Quando são feitas adjudicações a subempreiteiros eu não sou perdida nem achada. Acontece inúmeras vezes ao fazer a visita á obra encontrar gente desconhecida, sem qualquer envio de documentos quer da empresa quer dos trabalhadores. Contrato?? Não, nem vê-lo. Numa tentativa de correcção deste problema, enviei um contacto interno escrito a todos os colegas de direcção de obra, a solicitar a informação por escrito de todas as adjudicações ás obras. O resultado é que agora querem pôr-me a mim a elaborar os contratos de adjudicação. E agora???...é o jogo do empurra. Mas não fica por aqui. Quem preenche as participações ao seguro de acidentes de trabalho é uma administrativa que trabalha na empresa há 15 anos. Preenche e não dá a conhecer à TSSHST, nem ela, nem o encarregado, nem a direcção técnica e nem o próprio trabalhador sinistrado. Ou seja, sou totalmente ignorada. É realmente um bom alento vir trabalhar :(

Anônimo disse...

Arrepiante este cenário.